lembro-me que meus avós maternos são a minha memória mais doce e ternurenta, talvez porque com eles, passei a grande parte da minha vida, são mais que meus pais, tal como a minha avó dizia, são duas vezes meus pais.
lembro-me de tudo pelo que passamos e por vezes dou por mim a pensar nisso.
lembro-me dos verões, passados naquele terraço de pedra lascada, onde os raios de sol incidiam, iluminando os meus grandes e compridos caracóis, que a minha avó insistia em pentear.
lembro-me também daquele velho baloiço feito de corda e madeira, que o meu avô fez com tanto carinho, esse baloiço que continua lá no mesmo sitio, debaixo daquela velha palmeira.
hoje é dia da criança e que saudades que eu tenho de o ser, sempre destemida, sem medos e com sonhos, planos e crenças era tão pequena tinha o mundo a meus pés.
e esses sonhos, esses planos? esses sonhos e planos nao passaram apenas disso, hoje tornaram-se em objectivos impossiveis.
tenho saudades daqueles tempos sem problemas, se pudesse, fazia tudo outra vez.
tenho saudades.
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