quarta-feira, 25 de agosto de 2010

silêncio



FODASSE, com um cu destes podes ir cagar a minha casa!

Hoje passei uma má noite, fechada entre as 4 paredes do meu quarto que quase sufocam, coberta por aqueles lençóis que tanta coisa tinham para contar, não dormi uma unica hora, as dores apoderavam-se do meu corpo e iam-me corruindo a pouco e pouco.
bem pus-me a pensar em tudo, e pensei WELLL, AMANHA DIA 26 DE AGOSTO FAÇO ANOS - eu adoro fazer anos.
E pus-me também a pensar no que faço e na gente que me rodeia,gente afectuosa, gente sorumbática, gente vistosa, gente embezerrada, gente boémia, paira sobre o meu quotidiano de monotonia, que não passam de estafermos. E eu? eu afinal não sou aquela menina bonita que todos pensam sou apenas uma vaca vádia que sabe muito bem o que quer.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

when your're gone


Mãe, desde que me lembro que trabalhas á noite, por isso todas as manhãs ando em pézinhos de lã pela casa para não te acordar. Adormeço com a tua voz aos meus ouvidos, entre castelos e princesas que me fazem adormecer. Nunca me importei de ficar sozinha, juro que não mamã! Apesar dos meus cinco anos, tu sabes que eu já sou uma senhora corajosa. Sou corajosa como tu! Não tenho medo do escuro e já não acredito em monstros no meu armário, bem sabes que isto é mentira.
Mas ontem algo aconteceu. O relógio marcava as duas horas da manhã e eu acordei com um barulho vindo do corredor. Por momentos pensei ter sido um sonho, mas voltei a ouvir o mesmo barulho. Eras tu, mãe, só podias ser tu! Uma felicidade gigante percorreu-me o corpo pela tua chegada a casa. Ergui-me da cama, eufórica, e acendi a luz. Não acredito, mamã, que tinhas vindo mais cedo ter comigo. É bom acordar com o teu regresso, gosto tanto de ti mãe! Vem contar-me a mesma história que contaste antes de ir embora. Vem dar-me o teu aconchego.
Calcei os sapatos de quarto - porque tu te zangas quando ando descalça - e abri a porta. Ia ter contigo, mamã, e abraçar-te, e mimar-te. Chamei o teu nome e acendi a luz do corredor para te encontrar. Não te vi em parte alguma. Voltei a chamar por ti: Onde estás? Porque vieste mais cedo? - mas tu nada respondeste. Vais fazer uma careta por me ver acordada a esta hora, mas eu não me importo.
Foi então que vi a luz da cozinha acesa. És tão previsível, sempre com esse ratinho na barriga. Vou ter contigo, minha protectora, e vamos beber leite e comer biscoitos antes de adormecer novamente. Percorri o corredor em passos saltitantes e abri a porta... mas não te vi. Não vi o teu cabelo loiro, nem o teu sorriso acolhedor, nem o teu olhar meigo. Não te vi, nao vi nada de ti.

domingo, 15 de agosto de 2010

sunshine



hoje escrevo retalhos, pequenos pedaços de recordações que me surgem de vez em quando, simplesmente porque me sinto uma camisa retalhada, sinto-me totalmente alterada, são rasgões emendados, botões perdidos que foram substituídos por um outro qualquer sem nenhuma preocupação. Como se realmente ao fim de tanta misturada alguém conseguisse manter-se inalterado e semelhante. Como se uma camisa acabada de comprar estivesse no mesmo estado de uma usada quase todos os dias durante anos a fio. A camisa está menos vistosa, menos bonita menos nova mas quem a usou tanto tempo deve sentir cada vez mais pena de se livrar dela e talvez goste dela, um pouco mais do que das outras camisas, novas. Em todo o caso sentir-se uma camisa nova ou retalhada é realmente preocupante. E é assim que eu me sinto hoje, uma camisa de homem, florida e fora de moda, com o colarinho mal dobrado, botões diferentes, diferentes na cor, no feitio e no tamanho, e um rasgão enorme no lugar do coração.

deixei de me importar com o que se passa lá fora, o que me importa neste momento é o que se passa cá dentro - <3 mitico.

sábado, 14 de agosto de 2010

vives na tua propria mentira


bem prezados e estimados leitores, por pérfidos e pedantes motivos, durante estas ultimas semanas que passaram, deixei de escrever.
ou melhor continuei a escrever, mas decidi nao postar pois apercebi-me que não devo expor assim a minha vida privada neste entretenhimento social.
mas pronto já me acho psicológicamente preparada para me pronunciar sobre alguns motivos que me deixam menos contentes.
na passada segunda feira, foi o primeiro dia do resto da minha vida, como vos disse, segui em frente.
há pessoas, estupidas e cobardes, que despertam sentimentos, sem terem capacidade de os suportar, essas pessoas são extremamente repugnantes, e vou mante-las afastadas de mim.
acabou, TIME TO MOVE ON.
já começei.



estou a gostar de te conheçer pequenino, deixas-te muitas marcas (e nao falo daquelas no pescoço), são bem mais profundas. atreyu <3