terça-feira, 23 de março de 2010

lets go

e agora vieste tu que me encantaste com esse teu jeito diferente de ver e de viver a vida, encantas-me com cada gesto, cada sorriso, não sei o que sinto, não, mas também não quero saber.

dejavu

percebi, que só gostava de ti porque queria, dizia que te queria esquecer, mas nunca sequer tentei, porque não queria, passado um ano e meio pus final a esta história.
não gostava de ti, tinha uma obsessão, era apenas a isso que se resumia, a uma obsessão, que finalmente acabou.
fazias-me sentir bem e mal, eras o caminho mais fácil para tudo o que queria e desejava, eras apenas isso um refúgio.
um cão como todos os outros.
agora trato-te como merda, pois é assim que mereces ser tratado.

reta final

Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folhas de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida. - Fernando Pessoa

recordações


Hoje é dia de memórias nostálgicas.
Nas minhas memórias de infância salientam-se pessoas e não acontecimentos.
Os meus avós, a minha memória mais doce, lembro-me de tudo o que passamos e às vezes dou por mim a pensar nisso.
Lembro-me daquelas solarengas tardes de verão, o sol a bater na minha cabeça, iluminando os meus longos e encaracolados, loiros cabelos.
Lembro-me também daquele velho baloiço feito de corda e madeira, que o meu avô fez, com tanto carinho, baloiço esse que continua lá, no mesmo sitio, talvez sirva para fazer feliz mais alguém, como me fez a mim, aos meus filhos talvez, aquele velho contador de histórias.
Uma lágrima salgada escorre pelo meu rosto, limpo-a rápido, mas voltam mais e mais.
Tenho saudades disto tudo.